O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, disse ontem (17), em Fortaleza (CE), que o setor de turismo, e a hotelaria brasileira em particular, precisarão se abrir mais à competitividade caso o país queira, de fato, superar a marca de 6 milhões de turistas estrangeiros a nos visitar.
“Somos um país forjado por pessoas do mundo inteiro, mas [economicamente] nos fechamos [ao exterior] por muitos anos. Em 1990, a economia brasileira tinha um grau de internacionalização de 9%. Hoje, estamos em 19%. Os Estados Unidos estão em torno de 50%. Em países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], este percentual chega a 80%”, argumentou o ministro, ao participar do 60º Congresso Nacional de Turismo (Conotel), segundo Agência Brasil.
Para Lummertz, o turismo pode ajudar o país a se abrir mais à concorrência internacional, mas, para isso, será preciso garantir segurança jurídica para os investidores – nacionais e estrangeiros – e reduzir o chamado Custo Brasil, para que possa aumentar a produtividade de sua economia. “O que impede o aumento da nossa produtividade é todo o nosso sistema, nosso arcabouço legal. É a insegurança jurídica e o chamado Custo Brasil. É preciso mudar a lógica atual – que, hoje, é sobreviver, e não crescer”, acrescentou o ministro. De acordo com ele, entre 140 países avaliados, o Brasil ocupa a 137ª posição dos piores ambientes para se montar um negócio de turismo.