Segundo a coluna de Mônica Bergano da Folha, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, foi duro com o governo brasileiro, em 2013, ao se sentar à mesa para discutir a espionagem que os norte-americanos promoveram no mundo e que atingiu, no Brasil, a Petrobras e a então presidente Dilma Rousseff. Quando o escândalo explodiu, revelado pelo jornalista Glenn Greenwald com base em documentos do analista de sistemas Edward Snowden, Dilma ficou furiosa. E conversou com o então presidente Barack Obama. Obama criou uma comissão e indicou Joe Biden para dialogar. Já Dilma indicou o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O governo brasileiro sugeriu que os EUA não voltassem a investigar algo no Brasil sem autorização do Judiciário daqui. E vice-versa. Biden foi afável —mas descartou de pronto a ideia. Segundo ele, os EUA tinham que zelar pela “paz” no mundo —e, para isso, precisavam de informações. Cardozo insistiu. Em vão. Biden disse que a questão era mundial e que os EUA não poderiam se prender a protocolos de cada país.
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