O prazo para que o governo encontre uma solução para a crise de abastecimento dos combustíveis é de 48 horas, alertou, hoje, Carlos Faccio, gerente de planejamento da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural). Decorrido o período, os estoques serão comprometidos, com graves consequências ao fornecimento de produtos básicos. A afirmação foi feita hoje (24), durante o painel “Combustível Legal”, promovido pelo Sindicombustíveis-BA, na Casa do Comércio, em Salvador.
No início da tarde de hoje, caminhoneiros bloqueavam a BR 324, permitindo a passagem apenas de ônibus intermunicipais e carros pequenos. Os protestos entram hoje no quarto dia seguido, gerando transtornos e desabastecimento em 25 estados. A categoria protesta contra a disparada do preço do diesel, motivada pela nova política de preços da Petrobras, em vigor desde julho de 2017.
Faccio, da Plural, observa a necessidade de que se pense uma revisão da carga tributária, como forma de proporcionar redução nos preços – primeiro item de arrecadação de tributos no Brasil são os combustíveis, responsáveis por cerca de 80% do destinado para pagar a folha do funcionalismo público, disse. O executivo cita estudos da FGV que apontam níveis estratosféricos de sonegação no setor, algo na casa dos de R$ 5 bilhões ao ano.