De 2013 para cá, 2.555 desabamentos de imóveis foram registrados pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) na cidade, entre os quais 1.353 foram totais e 1.202 parciais. Entre essas ocorrências, 59 foram desabamentos de casarões (16 totais e 43 parciais). Só esse ano, 11 casarões desabaram, entre eles o que interditou a Ladeira da Montanha, na última dia 18, e o da Rua Conselheiro Dantas, que teve parte da estrutura desmoronada em janeiro no Comércio. Na maioria dos casos de desabamento dessas estruturas, a Prefeitura arca com os custos da demolição, visto que os proprietários alegam hipossuficiência ou não são identificados.
“As principais causas de desabamento desses casarões no Centro Antigo são a condição de abandono do imóvel, a falta de manutenção e a ação do tempo. Muitos sofrem com o vandalismo e são ocupados de maneira irregular e têm elementos decorativos furtados, como madeiras e telhas. Essas ações potencializam a ocorrência de incêndios e a degradação”, afirma Sosthenes Macêdo, diretor da Codesal.
De acordo com a Codesal, é difícil identificar os proprietários. A busca é feita por informações de donos de edificações vizinhas, pela base de dados da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e por informações do Iphan. Cabe ao Iphan a autuação, aplicação de multas e demais medidas administrativas e judiciais contra os proprietários que não realizarem a correta manutenção e preservação do imóvel.
Foto: Divulgação/Secom