Segundo pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Fecomércio-BA, pelos números do Ministério da Economia, foram 5,7 milhões de beneficiários do auxílio emergencial no estado da Bahia, o que equivale a 41% da população, e com um total destinado até julho de R$ 10,7 bilhões.
“É natural pensar que a prioridade das famílias de renda mais baixa seja na manutenção do consumo básico. Porém, o aumento expressivo da inadimplência deve gerar uma limitação para o ritmo de retomada da economia. Sem capacidade de consumo, através do emprego, e com dívidas atrasadas a serem pagas, precisará de um tempo a mais para equalizar essas contas, depois criar espaço para consumo de bens não essenciais e, sobretudo, com potencial utilização de crédito”, revela Guilherme Dietze.
Ainda segundo o economista, não há previsão de melhora de cenário econômico se não houver investimentos para geração de emprego e renda. Ele avalia que o que tem contribuído para não negativar mais ainda o quadro são as ajudas financeiras concedidas pelos governos. Mas o economista alerta que estas medidas têm fôlego curto diante dos problemas fiscais dos três níveis de governo (federal, estadual e municipal).
Embora o dado de julho tenha mostrado um saldo positivo entre admitidos e demitidos, na Bahia, de 3,2 mil empregos formais, o acumulado desde março é de -70 mil, segundo aponta o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia. Especificamente em Salvador, houve fechamento de 25 mil vagas formais entre março e julho, mas o desempenho vem sendo cada vez menos negativo ao longo dos últimos meses com o último dado de julho com saldo de -115 empregos com carteira assinada.
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