O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian revela a abertura de 219.749 mil empresas no Brasil em maio, um crescimento de 12,8% sobre abril, quando foram criados 194.882 novos negócios. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esse crescimento reflete a necessidade das pessoas em manterem uma fonte de rendimento, além das oportunidades que surgem em momentos difíceis. “Quem perdeu o emprego neste cenário desafiador está buscando se reinventar. A abertura de novas empresas tem sido uma alternativa à manutenção da renda”, avalia Rabi, reforçando, ainda, a importância de traçar um bom planejamento e metas, para não ter as expectativas frustradas ou mesmo a empresa fechada num curto espaço de tempo.
Os microempreendedores individuais (MEIs) responderam pela criação de 172.307 empresas em maio – número equivalente a 78,4% do total de novos negócios –, que revela um crescimento de 4,4% ante abril. No acumulado do ano, foram abertas 1.044.347, uma leve queda com relação ao mesmo período de 2019, quando foram criadas 1.053.094 instituições. As empresas classificadas como Sociedades Limitadas tiveram um forte avanço na comparação com abril, de 57,2%, totalizando a abertura de 21.885 empreendimentos. Na comparação anual, houve expansão de 31,1%. Já a criação de empresas individuais, que havia registrado queda em abril, voltou a subir em maio. No período, foram criadas 7.800 instituições, ante 4.889 em abril. No ano, ocorreu uma queda de 33,5%.
Para Rabi, essa tendência de crescimento ainda deve se manter por algum tempo. “Como a oferta de emprego continua baixa, as pessoas recorrem ao empreendedorismo por necessidade. O trabalho por conta própria acaba sendo feito dentro de casa, junto com outros membros da família, como uma opção para se tornar ativo e voltar para o mercado”, ressalta o economista.
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