Desde março, quando a pandemia chegou ao Brasil, os proprietários de empresas relacionadas ao turismo na Bahia lamentam uma perda de R$ 7,3 bilhões, enquanto preparam a retomada, caso a infecção regrida. Participaram do negativo cálculo a equipe de servidores da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE): em todo o Brasil os donos de operadoras, agências, hotéis e outros estabelecimentos registram perda de R$ 153 bilhões.
O Brasil tem operado com 14% de sua capacidade de receita, tomando como base o período entre março e o mês de julho, mas, apesar dos esforços do setor para tentar reduzir o impacto das perdas, as projeções são incertas. Entre as medidas protetivas visando reduzir o ritmo de expansão da doença, a circulação e aglomeração de pessoas tornam o turismo impraticável, impossibilitando a marcação de viagens.
Pernambuco, com perda de R$ 4,4 bilhões, e Ceará, R$ 3,3 bilhões, também estão relacionados como os estados mais impactados no Nordeste. No Brasil, São Paulo, com R$ 55 bilhões, e Rio, com metade deste valor, lideram a fila dos empresários queixosos. Embora junho tenha sido um mês auspicioso, com o crescimento de 19% em todo o país, mesmo considerando o cancelamento das festas de São João no Nordeste, o declínio da atividade alcança os 59%, no geral do país, tendo como base o percentual do ano anterior. A situação é inusitada a ponto de municípios turísticos terem montado barreiras à entrada das sedes, em uma inversão total da estratégia de atração de pessoas para os passeios. As informações são da coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde.
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