Após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinar ontem à noite (23) que o Hospital de Salvador não fosse usado para instalação de leitos contra covid-19, o prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou nesta sexta-feira (24) que não tem como remover pacientes com a doença internados em leitos de UTI com quadro grave da doença.
“Os leitos instalados no Hospital já estão ocupados. Eu não tenho como tirar um paciente que está intubado, em uma UTI. Isso não é possível”, declarou o gestor. “Não vamos colocar em risco a vida de uma pessoa que está em ventilação mecânica. Esses leitos são importantes. Hoje pela manhã a taxa de ocupação dos leitos chegou a 72%”, acrescentou Neto em entrevista coletiva durante entrega da primeira etapa de requalificação da Avenida Aliomar Baleeiro.
O ministro atendeu pedido da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que argumenta que a criação de unidades de Covid-19 pode provocar onda de infecção na Maternidade Climério Oliveira, administrada pela instituição e também instalada no hospital.
Contudo, Neto disse que a prefeitura não vai mais encaminhar pacientes para o local. “Quando a prefeitura tomar conhecimento da decisão, quando nós formos notificados, deixaremos de encaminhar novos pacientes”, destacou.
Ainda na coletiva o prefeito ressaltou: “O Hospital Salvador é vital. Quero mais uma vez reforçar. Nós não somos loucos, ninguém ia misturar paciente de Covid-19, com gestante, com recém-nascido. A prefeitura fez todos os investimentos de infraestrutura para dar plena segurança de funcionamento ao Hospital Salvador. A Universidade Federal da Bahia sabe disso. A gente está no processo. Esse assunto será tratado pela Procuradoria do Município, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando os meios adequados, com respeito que a Justiça brasileira merece e terá sempre, da minha parte, e da prefeitura”.
Foto: Valter Pontes/Secom
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