O advogado e pastor presbiteriano Milton Ribeiro assinou termo de posse como ministro da Educação nesta quinta-feira, 16, em cerimônia fechada. “Estudei toda a minha vida, com exceção do ensino superior, na escola pública.” O presidente Jair Bolsonaro disse a Ribeiro que “das poucas vezes que conversamos, você demonstrava que estava preocupado.”
Entidades ligadas à educação comentaram a esperança de que o novo ministro aprofunde o diálogo para a solução dos problemas, especialmente no contexto de desafios impostos pela pandemia do coronavírus. “Estamos aqui na ponta, precisamos ser ouvidos. Esperamos que o ministro nos escute e leve em consideração nossos questionamentos”, diz Cecília Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Para Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação, é urgente que o MEC se responsabilize pela coordenação de ações “para minimizar impactos brutais na educação básica por causa da crise provocada pela covid”. Essa resposta educacional à pandemia tem sido dada pelos secretários de Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. Além de ações emergenciais, há ainda ações estruturantes como melhorar a formação inicial dos professores e o apoio à educação de tempo integral.
Em relação ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja continuidade deve ser votada na Câmara na semana que vem, o melhor que o MEC tem a fazer é “não atrapalhar”, segundo Priscila. “O melhor é apoiar a aprovação do Fundeb, temos um texto muito debatido, um consenso possível, com a participação até do ministério da Economia.”
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