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PAZUELLO DIZ QUE NÃO TEM HORA CERTA PARA DADOS DA COVD-19

Redação - 09/06/2020 14:20

Após receber críticas pela mudança de horário na divulgação dos dados de Covid-19, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse durante reunião ministerial desta terça-feira, no Palácio da Alvorada, que as informações de contaminados e de óbitos pelo novo coronavírus ficarão disponíveis por 24 horas no sistema do Ministério da Saúde e justificou estar trabalhando há 20 dias no novo modelo porque, segundo ele, os dados acumulados “não eram dignos do povo brasileiro”.

Bolsonaro: fala em reabrir escolas após OMS citar estudo inconclusivo sobre transmissão assintomática. — Uma tabela simples dizendo acumulado de mortes, acumulado de contaminados do Brasil não era uma informação digna para apresentar para o povo brasileiro. Se demorou, peço desculpas. Foram 20 dias de trabalho. Hoje, nós temos condições de analisar exatamente a progressão de dados todos os dias, todas as semanas, semanas epidemiológicas, até o dia de hoje  — afirmou.

Segundo Pazuello, os dados serão divulgados no sistema assim que forem recebidos pelo Ministério da Saúde, não sendo mais necessário uma hora específica para que a população possa acessar os números de Covid-19 no Brasil. Em mais de 40 minutos de fala, Pazuello diz conversado com o presidente há 20 dias para definirem o atual modelo de divulgação que será adotado.

— Os dados têm que ser colocados imediatamente quando cheguem para nós e serão imediatamente disponibilizados no BI. Não tem hora para divulgar dado. Quando era uma planilha simples, informativa, você podia até marcar uma hora. Agora não. Agora é um BI, colocou no sistema, está disponível para o Brasil e o mundo. Brasil: Mortes em casa disparam: especialistas afirmam que números podem indicar subnotificação de Covid-19.

Pazuello descartou que o ministério irá fazer uma recontagem do número de óbitos por coronavírus, conforme sugeriu o empresário Carlos Wizard, que foi convidado para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, mas desistiu. O ministro propôs a adoção de um novo modelo em que dados serão incluídos no sistema pela data do falecimento por Covid-19 e não pela data de informação ao boletim de saúde, que registra os óbitos após a confirmação da suspeita por realização de teste. Ele considera que assim será possível avaliar melhor a curva da doença.

— Quando você bota no cálculo diário, você vê que ele (número de óbitos) é acumulado dos dias de registro. O que nós estamos propondo, e aí eu coloco como proposta, é que a gente use os mesmos números, os mesmos quantitativos, mas nos dias do óbito. Com isso, você vai ver exatamente o que aconteceu com mais transparência. Não tem nada a ver com o número de óbitos, nem número de registros, mas sim o lançamento do óbito no dia que ele morreu não no dia que ele foi registrado no boletim sanitário. E vai corrigindo os anteriores, aí você passa a observar exatamente a curva  — explicou.

Foto: divulgação

 

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