O auxílio emergencial foi negado a mais de 15 milhões de pessoas, mais da metade deste número recebeu a recusa por aparecer como empregadas no cadastro do governo. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, foram 8.026.527 de recusas por este motivo. O benefício é pago a desempregados e microempreendedores que estão parados em virtude da pandemia.
Segundo a Dataprev, responsável por coordenar a operação, 1.066.801 recorreram da negativa. A Defensoria Pública da União vem atuando em inúmeros casos de pessoas que, embora desempregadas, aparecem com vínculo ativo nos registros oficiais e, por isso, não conseguem receber o valor de R$ 600.
Uma das suspeitas da DPU é que o governo esteja usando bases de dados desatualizadas – para trabalhadores da iniciativa privada, a fotografia da análise é de março. Quem perdeu o emprego no primeiro mês após o início do isolamento deve ser considerado inelegível pelo sistema.
Foto: Paulo Paiva/Agif – Agência De Fotografia/Agif Agência De Fotografia/Estadão Conteúdo