O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, é um otimista sobre o papel do agronegócio para o Brasil. De acordo com ele, a pandemia do novo Coronavírus beneficiou de sobremaneira as exportações do agronegócio brasileiro. “Esse ano nós vamos colher a maior safra da história do Brasil”, disse ele, ao enfatizar que é o agronegócio que está sustentando a economia do país. Segundo dados da CNA, no ano passado, 21,9% do PIB total do Brasil foi fruto do agronegócio. A estimativa é que esse número suba para 23,4% em 2020.
Questionado sobre o impacto da pandemia no agronegócio do país, Martins explica que houveram fases estratégicas montadas para evitar o desabastecimento e o déficit nas exportações. “O mês de março, abril, maio e junho é o pico da nossa safra, principalmente de grãos e algodão. Então, nós tivemos que montar uma estratégia para que ela fosse escoada, grande parte dela é exportada, e mais do que isso, que não houvesse interrupção no fornecimento de alimentos à população brasileira”.
Sobre as exportações ele diz que o setor teme a pandemia. “Esse ano nós vamos colher a maior safra da história do Brasil. Nós vamos passar de 250 milhões de toneladas de grãos, só de grãos. Por outro lado, a população também precisava se alimentar. No primeiro momento, falou-se no desabastecimento, que havia um “corre-corre” nos supermercados, mas nada daquilo era verdadeiro. Era apenas boato. Estávamos com um problema no abastecimento interno do hortifrutigranjeiro, porque são pequenos produtores, com produtos altamente perecíveis e eles não tinham como escoar a produção naquele momento”, disse.
Sobre a postura do governo federal para o agronegócio ele fala sobre diálogo. “Veja bem, tivemos um encontro com a ministra da Agricultura, que é também produtora rural, e levamos através da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) os pleitos de todos os produtores, dentre eles, a renegociação das dívidas, novos recursos, principalmente para os pequenos produtores. Então, todas as medidas que nós levamos para o governo foram acatadas, porque nós não levamos nada demais”. As informações são do jornal A Tarde.
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