A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu nesta terça-feira, 2, proibir que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, advogue por um período de seis meses. Moro fica autorizado a dar aulas e escrever artigos para a imprensa. No período em que durar a proibição, ele seguirá recebendo o salário de ministro, no valor de R$ 31 mil, pago aos integrantes do primeiro escalão do governo federal.
As decisões foram unanimes, tiveram os cinco votos dos atuais membros da Comissão de Ética.
Sergio Moro tomou posse no cargo em 1º de janeiro de 2019 e anunciou a demissão há pouco mais de um mês, em 24 de abril. Na ocasião, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro havia interferido na Polícia Federal ao demitir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, e ao cobrar a troca no comando da PF no Rio de Janeiro.
As acusações de Moro levaram à abertura de um inquérito para investigar o caso. O pedido de abertura foi apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR), e o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as investigações. Desde que Moro fez as acusações, Bolsonaro nega ter interferido na Polícia Federal.
Foto: Evaristo Sá/AFP