Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística(IBGE) a menor taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos e a redução dos estudantes de ensino superior na Bahia, entre 2016 e 2017, se refletem no aumento do número de jovens que não estudavam nem trabalhavam, sobretudo nessa faixa etária típica da universidade. Em 2017, no estado, 1,012 milhão de pessoas de 15 a 29 anos de idade não frequentavam nenhum tipo de curso (escola, nem cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou qualificação profissional) e não estavam trabalhando, o que representava 27,9% da população nessa faixa etária (3,2 milhões).
O percentual era o 6º maior dentre os 27 estados, e cresceu em relação a 2016, quando eram 887 mil pessoas nessa situação (24,9% do total), 125 mil pessoas a menos. O aumento na proporção de jovens que não estudavam nem trabalhavam no estado foi o quinto maior do país e ficou acima da média nacional. No Brasil, em 2017, 23,0% das pessoas de 15 a 29 anos de idade não estudavam nem trabalhavam (11,2 milhões em números absolutos), também mostrando aumento em relação a 2016 (21,8% ou 10,5 milhões de pessoas).
Na Bahia, o percentual de pessoas que não trabalham nem estudam aumenta conforme a idade e chega a 34,1% dos que têm entre 25 e 29 anos (369 mil pessoas em números absolutos), faixa em que a frequência à escola normalmente já diminuiu significativamente. Entretanto, o percentual dos que não estudavam nem trabalhavam cresceu mais entre os jovens de 18 a 24 anos. Em 2017, 1 em cada 3 pessoas dessa faixa etária, que é mais típica do ensino superior, estavam nessa situação, na Bahia: 32,5% ou 574 mil jovens em números absolutos, 103 mil a mais que em 2016.
Era o oitavo maior percentual de pessoas de 18 a 14 anos que não estudavam nem trabalhavam dentre os estados e acima da média nacional: 28,0%, que também cresceu em relação a 2016 (26,3%). Na Bahia, a proporção de pessoas de 15 a 29 anos que não trabalham nem estudam é significativamente maior entre as mulheres (33,3%) do que entre os homens (21,0%), mas cresceu mais entre eles, quando comparada a 2016 – naquele ano era de 31,3% para as mulheres e 18,2% para os homens.
Também há desigualdade por cor ou raça nesse indicador, embora menos intensa. Em 2017, 27,8% das pessoas pretas ou pardas de 15 a 29 anos não trabalhavam nem estudavam, percentual que era de 24,6% entre os brancos. Nesse caso, porém, o aumento no percentual foi maior para os pretos ou pardos: era 25,3% em 2016, enquanto o dos brancos era 22,6%.
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