Bill Gates, cofundador da Microsoft, anunciou nesta sexta-feira (13) a saída o posto no conselho de administração da companhia que ajudou a criar, em 1975, para se dedicar à filantropia. Ele também sairá do conselho da Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffet. As informações são Folha de S. Paulo.
Em comunicado ao mercado, a Microsoft afirma que Gates continuará a ser um conselheiro de tecnologia do presidente executivo, Satya Nadella, e outros executivos da empresa. “Foi uma grande honra e privilégio ter trabalhado e aprendido com Bill por todos esses anos. Bill fundou a nossa companhia com uma crença na força democratizante do software e uma paixão para resolver os desafios mais prementes da sociedade”, disse Nadella em nota.
O bilionário se notabilizou nos últimos anos pelo envolvimento com educação e saúde em países em desenvolvimento.
Gates, que abandonou Harvard para fundar a Microsoft com um amigo em 1975, passou a se dedicar à sua fundação filantrópica em 2008, à qual doou dezenas de bilhões de dólares.
Ele explicou suas motivações também em uma postagem no LinkedIn.
Em 2017, durante a Conferência de Segurança em Munique, ele afirmou que a comunidade internacional deveria se dar conta de que tem que se preparar para uma pandemia. A crise do coronavírus foi considerada nesta semana uma pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Tomando como exemplo a epidemia do ebola na África Ocidental em 2014 e 2015, a gripe espanhola em 1918 e mencionando a possível invenção de um vírus com fins “terroristas”, Gates considerou, à época, “possível” uma catástrofe em nível mundial.
“Para lutar contra as pandemias globais, também se deve lutar contra a pobreza… É por isso que corremos o risco de ignorar a relação entre segurança de saúde e segurança internacional”.
Foto: Arnd Wiegmann/Reuters