O programa governamental Bolsa Família voltou a enfrentar um antigo problema. Desde junho, a fila de pessoas que aguardam pelo benefício passou de zero, número que se encontrava desde 2018, para 494.229 família. A espera é a maior desde 2015, quando mais de 1,2 milhão de famílias aguardavam o benefício. Os dados foram obtidos pelo GLOBO, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em nota, o Ministério da Cidadania afirmou que a redução de benefícios se deu por questões orçamentárias e combate a fraudes, e cita ainda uma reformulação do programa, em curso na Esplanada.
Com a redução, as famílias que deveriam aguardar a entrada no programa em 45 dias após a análise de dados inseridos, o tempo de espera passou para mais de seis meses, de acordo com técnicos que trabalham no setor.
Em maio do ano passado, 14,2 milhões de famílias recebiam um rendimento médio de R$ 190. Desde então, apesar de no mesmo ano o governo ter concedido o 13º salário, o programa vem encolhendo mês a mês, tendo atingido em dezembro o menor patamar de famílias beneficiárias desde 2011: 13,1 milhões.