Os brasileiros ampliaram os seus investimentos em previdência privada. No terceiro trimestre deste ano, os aportes totalizaram R$ 34,2 bilhões e o valores são 35,4% superiores em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do balanço da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
Segundo a federação, os investimentos foram feitos por 13,3 milhões de pessoas, ou seja, 6,33% da população brasileira. A maior parte das aplicações (91,9%) foi em planos VGBL, indicados para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo formulário simplificado. Os planos PGBL, para quem declara o IR pelo formulário completo, responderam por 7,4% dos novos aportes no terceiro trimestre.
De acordo com a Federação, a captação líquida (diferença entre novos depósitos e resgates) fechou o período com saldo positivo de R$ 16,6 bilhões, valor 104,7% superior ao verificado no terceiro trimestre do ano anterior. Com o resultado, as reservas dos planos de previdência alcançaram a marca de R$ 916,9 bilhões, montante 13,7% superior ao registrado até setembro de 2018. “As contribuições cresceram e apresentaram uma recuperação consistente em relação ao terceiro trimestre de 2018. Já o aumento da base de pessoas investindo avança mais lentamente e depende da melhora dos indicadores de emprego e renda”, diz Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi.
Multimercado ganha mais espaço no portfólio = O balanço da federação também mostra que a queda na taxa de juros impulsionou o apetite por risco dos investidores em previdência privada. Os participantes se deslocaram gradativamente para fundos multimercado em busca de maior rentabilidade. Até outubro deste ano, 12,0% dos recursos foram alocados nesta modalidade. O índice era de 10,2% em 2018; 8,1% em 2017; e 5,7% em 2016. Os investimentos em renda fixa, por sua vez, caíram de 91,2% em 2016 para 83,8% até setembro de 2019.
Resultado de Janeiro a Setembro = No acumulado de janeiro a setembro, os investimentos também foram maiores. Foram aplicados R$ 90,0 bilhões, consolidando um crescimento de 17,2% frente ao mesmo período do ano anterior. A captação líquida fechou o período com saldo positivo de R$ 37,0 bilhões, volume 47,6% maior que o verificado em igual intervalo do ano anterior.
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