O secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, afirmou que o grupo português Vila Galé apresentou um projeto para construção de hotel e “empreendimentos nas áreas circunvizinhas” na área que hoje abriga o Palácio Rio Branco, antiga sede do governo baiano, localizado na Praça Municipal, em Salvador. A ideia foi aceita pela gestão estadual, segundo o titular da Setur. O governo baiano deu, em setembro deste ano, autorização para que o grupo criasse um projeto de intervenção no prédio, com a possibilidade também de construção de três prédios adjacentes ao edifício-sede, para instalação de um hotel. À empresa, foi dado prazo de 90 dias para conclusão dos estudos e projetos, mas o plano foi apresentado antes.
Franco afirmou que a proposta ainda está em tramitação, já que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pediu ajustes no projeto – a área do palácio é tombada. “Os ajustes estão sendo feitos, mas isso depende de liberação do Iphan e de regulação de órgãos estaduais. Mas está tudo dentro dos trâmites da burocracia de estado, ocorrendo dentro do prazo previsto”, garantiu o secretário. Ele também não entrou em detalhes sobre o que propôs o Vila Galé, limitando-se a dizer que as próximas etapas da transformação do prédio histórico em hotel serão divulgadas nos próximos meses.
Franco ainda afirmou que o palácio continuará aberto para visitação gratuita do público. A famosa galeria dos governadores passará por obras, custeadas pelo grupo português. Vale lembrar que o projeto tem gerado críticas de historiadores e urbanistas, que não concordam com a iniciativa de transformar um edifício histórico em empreendimento hoteleiro. Por outro lado, o governador Rui Costa acredita que o patrimônio da capital baiana não pode servir apenas de museu e precisa ganhar outras funcionalidades, como ser repassado à exploração da iniciativa privada, para ser revitalizado. As informações foram do portal Bnews.