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BOLSONARO ACIONA JUSTIÇA CONTRA PORTEIRO QUE O ASSOCIOU A SUSPEITO DE MORTE DE MARIELLE

Redação - 30/10/2019 09:26

O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta quarta-feira (30), que está conversando com o ministro Sergio Moro para que a Polícia Federal colha um novo depoimento do porteiro que o associou ao suspeito da morte da vereadora Marielle Franco. “Estou conversando com o ministro da Justiça para a gente tomar, via Polícia Federal, um novo depoimento desse porteiro para esclarecer de vez esse fato, de modo que esse fantasma que querem colocar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez”, disse Bolsonaro à BBC.

Ele disse ainda que não conhece o porteiro que deu a declaração. Segundo reportagem do Jornal Nacional, no dia do crime, em 14 de março de 2018, um outro suspeito pelo crime, Élcio de Queiroz, foi até o local e pediu na portaria para ir até a casa de Bolsonaro. O porteiro do condomínio disse em depoimento que interfonou para perguntar se podia liberar o visitante, o que foi autorizado por um homem que ele identificou como “seu Jair”.

Depois de entrar no condomínio, contudo, o suspeito não foi até a casa de Bolsonaro, e sim até a de Ronnie Lessa, principal suspeito por ter disparado os tiros que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes. A citação a Bolsonaro deve levar o caso de Marielle ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o presidente, então deputado federal, tem foro privilegiado.

A reportagem cita que apesar da identificação da voz pelo porteiro, no dia do crime Bolsonaro estava em Brasília e participou de duas votações, segundo registro da Câmara. Ele também publicou videos na rede social no dia em que aparece no gabinete.

Foto: divulgação

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