A deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) exonerou de seu gabinete na Câmara dos Deputados dois pastores que saíram de sua igreja nos últimos meses. Querley Libério de Araújo e Rení Rodrigues de Moraes eram secretários parlamentares desde o início do mandato, em fevereiro deste ano, e perderam os cargos na última semana.
Ambos deixaram o Ministério Flordelis após o assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho deste ano. Rení saiu da igreja cerca de duas semanas após o crime e Querley, dois meses depois. A assessoria de imprensa de Flordelis afirmou que as exonerações aconteceram porque os dois pastores não atendiam mais as “experiências administrativas”.
Rení era considerada braço direito de Flordelis na igreja e tinha salário de R$ 1.191 brutos no gabinete em Brasília, além de R$ 803 de auxílio, segundo informações do site da Câmara dos Deputados. Já Querley ganhava R$ 1.480 de remuneração e R$ 1.808 de auxílios. Após a sua saída do Ministério Flordelis, Querley passou a pregar em outra igreja em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
O Ministério Flordelis, fundado pela deputada e seu marido, o pastor Anderson, conta atualmente com uma sede, no Mutondo, em São Gonçalo, e três filiais. Um dos filhos afetivos de Flordelis, Carlos Ubiraci, é presidente das igrejas, função que era desempenhada por Anderson antes de sua morte.
Dois filhos de Flordelis – Lucas e Flávio – estão presos e já respondem processo na Justiça pela morte do pastor Anderson do Carmo. Flávio é acusado de ter atirado no padrasto e Lucas, de ter ajudado o irmão a comprar a arma do crime. Os dois foram indiciados pelo crime pela Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo no dia 14 de agosto. Eles foram denunciados pelo Ministério Público estadual pelo crime e viraram réus na Justiça.
Depois do fim da primeira fase das investigações, a DH abriu um novo inquérito para continuar investigando a participação de outras pessoas no crime, entre elas Flordelis.
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