A Natura divulgou neste sábado, 12, mais detalhes sobre o processo em que a recém-criada holding Natura&Co passará a abrigar as operações atuais de cosméticos e também as operações que serão agregadas após a compra da norte-americana Avon. A previsão é de que esse processo custe R$ 349 milhões, incluindo avaliações, publicações, assessoria jurídica e demais assessorias, segundo comunicado do grupo.
A expectativa é de que a combinação dos negócios dê origem ao quarto maior grupo do setor de beleza no mundo, com faturamento anual superior a US$ 10 bilhões (mais de R$ 40 bilhões). O acordo da compra da Avon – que exclui apenas as operações do Japão e dos EUA – foi originalmente anunciada em maio deste ano. Trata-se de mais um passo na estratégia internacional da companhia brasileira, que comprou a australiana Aespo, em 2012, e a britância The Body Shop, quatro anos mais tarde. Com a Avon, a companhia estará presente em diferentes nichos do mercado.
O processo de combinação do negócios dentro da holding Natura&Co será dividido em quatro passos, sendo os dois primeiros voltados para a reestruturação e integração da Natura Cosméticos, e os dois últimos para a entrada da Avon. No primeiro passo, os acionistas controladores da Natura Cosméticos (donos de uma fatia de 57,22% na empresa) participarão de um aumento de capital da Natura&Co com um repasse de suas ações e uma quantia em dinheiro a ser utilizada para pagamento pela Natura&Co do imposto de renda.
No passo dois, todas as demais ações da Natura Cosméticos serão incorporadas pela Natura&Co pelo respectivo valor patrimonial contábil. Em consequência, a Natura Cosméticos se tornará uma subsidiária integral da Natura&Co. O acionista da Natura Cosméticos receberá uma ação da Natura&Co para cada papel detido. Ainda de acordo com o comunicado, em uma operação que consistirá de três fases distintas, a Avon também será incorporada à Natura&Co.
No comunicado, a Natura informou que as companhias desconhecem “riscos significativos” decorrentes do processo de combinação dos negócios. Além disso, a companhia lembrou que a eficácia da integração está condicionada à obtenção da aprovação dos acionistas em assembleias, além do sinal verde das autoridades de defesa da concorrência do Brasil e no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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