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DEFESA DIZ QUE JANOT SÓ DEVE DEPOR APÓS OBTER MAIS DETALHES DE INQUÉRITO

Redação - 01/10/2019 07:13

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot só deve prestar depoimento à Polícia Federal após obter mais detalhes sobre as investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). É o que afirma o advogado de Janot, Bruno Salles. Nesta segunda-feira (30), o advogado pediu acesso ao inquérito que apura ofensas ao tribunal para saber o que motivou os mandados de busca e apreensão cumpridos na última sexta-feira (27) na casa e no escritório do ex-PGR.

Somente após ter acesso ao inquérito, a defesa marcará o depoimento de Janot à Polícia Federal. Na sexta, durante a ação policial, Janot preferiu não depor e se comprometeu a agendar o depoimento posteriormente. “Só após deliberaremos quais medidas deverão ser adotadas”, afirmou o advogado de Janot. Após ter acesso aos dados do inquérito, a defesa poderá pedir, por exemplo, a devolução dos equipamentos de Janot e recorrer ao plenário do STF. A operação foi autorizada pelo relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes. O inquérito tramita em sigilo.

Além de autorizar buscas e apreensões na casa e no escritório do ex-PGR, Moraes determinou a suspensão do porte de arma de Janot e o proibiu de entrar no Supremo e de se aproximar dos ministros do tribunal. Moraes tomou as decisões um dia após a divulgação de entrevistas nas quais Janot afirma que, antes de deixar o cargo em 2017, foi armado ao STF com intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. Sobre as declarações dadas por Janot, a defesa afirma que não configuram crime. “Por ora, a única coisa que podemos dizer é que as declarações não configuram qualquer ilícito penal”, disse o advogado. Novo PGR, Augusto Aras, considera inaceitáveis as atitudes de Rodrigo Janot

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