Que ninguém se engane, nem só de comércio vive a segunda maior cidade baiana e a maior do interior nordestino. É verdade que 78% da economia de Feira de Santana é comércio, mas ano após ano a indústria da cidade, com mais de 600 mil habitantes, vem ganhando destaque no estado. Hoje, 21% do Produto Interno Bruto (PIB) feirense é proveniente da indústria. Em uma década, a economia da cidade que está a 116 quilômetros de Salvador, passou de uma participação de 3,99% no total da Bahia para 5,07%, de acordo com dados do IBGE. No mesmo período, a indústria feirense alcançou um PIB de R$ 2,3 bilhões e aumentou em 47% sua participação no setor em nível estadual, alcançando 4,31% do total.
“Feira de Santana tem uma indústria com vários tipos diferentes de produção. Então, quando uma coisa cai muito, sempre vai ter outra que vai segurar”, diz o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), João Baptista Ferreira. Para ele, o desempenho da atividade não aparece tanto para o grande público por conta da pujança do setor comercial. “O setor de comércio e serviços cresceu assustadoramente, aumentando a participação em relação ao que se via lá atrás, mas a indústria também tem crescido. O PIB da indústria é menor que o do comércio não porque há uma queda, mas porque o ritmo do comércio é muito intenso”, acrescenta Ferreira.