O processo de recuperação judicial, que se popularizou no Brasil durante a recessão econômica, tem criado uma leva de empresas “zumbis” sem capacidade de investimento e geração de caixa. Em São Paulo, quase 60% das companhias que optaram pelo processo judicial não conseguiram sair depois dos dois anos de monitoramento fixado por lei, segundo levantamento do Observatório de Insolvência da PUC-SP, a partir de pedidos feitos entre 2010 e 2018 – período de grande inflexão da economia. De acordo com a pesquisa, que avaliou 906 processos, apenas 18,2% das companhias têm tido sucesso na recuperação judicial e 24,8% vão à falência por não cumprir o plano. Nessa situação, a empresa permanece no ambiente judicial e evita que os credores executem suas dívidas e levem a empresa à derrocada, mas os trâmites também são demorados, especialmente por causa de divergência entre empresa e credores. Com informações do jornal Estado de São Paulo.