Investigado pela força-tarefa da Lava Jato, o empresário Eike Batista decidiu transferir parte dos seus bens para os filhos. Um levantamento feito pela Época em cartórios do Rio de Janeiro mostra que Batista começou a se desfazer de seu patrimônio no Brasil em 2013, antes dos problemas judiciais mais graves, mas quando a instabilidade dos negócios já era evidente.
Segundo os registros, ele passou para os filhos, em julho e dezembro de 2013, os dois imóveis que chama de seus até hoje. Avaliadas no patamar dos R$ 50 milhões, as mansões no Alto Jardim Botânico e em Angra dos Reis — esta última com direito a hangar, segundo a escritura — pertencem oficialmente ao primogênito Thor, que seguiu carreira de empresário, e a Olin, que atua como DJ.
A advogada Flávia Sampaio, segunda mulher de Eike Batista, recebeu do empresário os direitos sobre uma cobertura em Ipanema, área nobre do Rio. Ele ainda entregou outro apartamento na Barra a uma corretora, além de vender, por R$ 1,2 milhão, um terreno em Guarapari, no Espírito Santo. A dissolução do patrimônio reforçou a ideia de um período de vacas magras do empresário nos anos recentes.