Após o presidente Jair Bolsonaro ter dado sinais de intervenção na Polícia Federal insinuando não mais mudanças em alguma superintendência, mas no comando da instituição, a cúpula da corporação ameaça entregar os postos de comando, em movimento que, pela natureza estratégica da carreira, poderia ocasionar impactos negativos às operações.
Esse foi um dos assuntos mais comentados, segundo informações do Correio Braziliense, nessa quinta-feira (22), na 4ª edição do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, em Salvador.
Apesar do temor pela exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o alto escalão da corporação não acredita na possibilidade de queda, justificando que, se o diretor-geral cair, “todo mundo sai”. Mesmo descrentes com as possibilidades de demissão, o ambiente de incertezas em relação ao futuro do comando da corporação preocupou. “É o pior momento para essa troca, principalmente depois do episódio de tentativa de interferência em superintendências regionais”, justificou o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva.
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