Seis em cada dez (60%) entrevistados conseguiram manter o pagamento das contas em dia no primeiro semestre, 35% conseguiram guardar dinheiro e 30% ainda chegaram a realizar um sonho de consumo nesse período, aponta levantamento realizado nas 27 capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado hoje.
O maior controle sobre o orçamento doméstico reflete-se na percepção dos otimistas quanto ao cenário do primeiro semestre do ano: três em cada dez entrevistados (28%) acreditam que sua situação financeira melhorou durante esse período, com aumento de nove pontos percentuais em relação ao ano anterior. Para a maioria (39%), no entanto, tudo continua na mesma.
A pesquisa mostra ainda que três em cada dez brasileiros (29%) consideram que a economia do país ainda não retomou o crescimento esperado e que vai demorar para fazê-lo, enquanto outros 29% acreditam que o crescimento será retomado em breve e 27% creem que o crescimento já foi retomado, mas de forma lenta.
Além disso, seis em cada dez entrevistados (58%) disseram não sentir os efeitos diretos da melhora da economia na sua vida desde o fim da recessão em 2017, enquanto 42% afirmaram sentir diferença em aspectos como preço de produtos, juros, taxa de desemprego e renda – com aumento de 19 pontos percentuais frente a sondagem do último ano.
No entanto, 46% acreditam que haverá uma retomada no crescimento para o segundo semestre do ano, número próximo aos 43% que creem em melhora nas finanças pessoais, especialmente motivados pelo otimismo de que coisas boas estão por vir (68%) e por terem sido bem-sucedidos na organização de seu orçamento (41%).
“Tecnicamente, o ciclo de recessão iniciado em 2014 no Brasil acabou no final de 2016. Mas o país ainda não se recuperou de alguns dos efeitos da crise e da retração na economia, e a sombra daquele período esteve afetando diretamente o orçamento do brasileiro. Consequentemente, sua percepção sobre o primeiro semestre de 2019 e suas expectativas em relação ao futuro”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
O levantamento também quis saber a opinião dos brasileiros sobre as prioridades do governo para os próximos quatro anos. A geração de empregos (68%), o combate à corrupção (63%) e a melhoria da educação pública (55%) foram as preocupações mais destacadas pelas pessoas ouvidas.