As contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com saldo na faixa de até um salário mínimo (R$ 998) correspondem a 84% do número de contas, mas detêm somente 5,84% do saldo, enquanto as contas com saldo na faixa superior a 100 salários mínimos (R$ 99.800) correspondem a 0,13% da quantidade de contas e 14,73% do total dos valores depositados.
Segundo o jornal Extra, em 2017, o saldo médio apresentado foi de R$ 1.465,84. Os dados são do último relatório de gestão do fundo, de 2017, utilizado pelo governo para o estudo das regras de liberação de saque que serão anunciados nesta quarta-feira, dia 24.
De acordo com o documento, 93,9% das contas têm saldo de até seis salários mínimos (R$ 5.988) e representam, somente, 22,1% do saldo total. As contas ativas tinham um total de R$ 358 bilhões, e as inativas, R$ 20 bilhões. O FGTS tinha 99,7 milhões de contas ativas e 154 milhões de inativas.
Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra que a finalidade do FGTS é servir como uma poupança, uma reserva financeira para o trabalhador. “A preocupação do ponto de vista do trabalhador é que no momento em que ele mais precisar, na demissão ou na aposentadoria, o dinheiro já terá sido sacado. Por outro lado, o rendimento do fundo traz perdas para o trabalhador”, afirmou Teixeira.