Os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação para este ano e para o próximo, e também baixaram fortemente sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. As expectativas estão no relatório de mercado, também conhecido como “Focus”, feito com base em pesquisa da semana passada feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (14).
A expectativa do mercado para a inflação em 2018 recuou de 3,49% para 3,45% na semana passada. O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, o mercado financeiro baixou sua expectativa de inflação inalterada de 4,03% para 4%. A meta central do próximo ano é de 4,25% e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,70% para 2,51%. Foi a segunda queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%. Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, nesta semana – quando se reúne o Comitê de Política Monetária (Copom). O encontro acontece nesta terça e quarta-feiras (15 e 16 de maio). Atualmente, a taxa está em 6,50% ao ano.