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TIA ERON DIZ QUE DAMARES NÃO É MINISTRA SOZINHA

Redação - 05/07/2019 12:36 - Atualizado 05/07/2019

A ex-deputada federal pelo PRB da Bahia, Tia Eron, comentou em entrevista a Marie Claire sua rápida atuação no governo Bolsonaro. A ex-deputada foi convocada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, para comandar a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, mas seu desligamento ocorreu dois meses e dois dias depois de assumir o cargo. A justificativa da demissão foi a de que era improdutiva, ideia que Tia Eron refuta. Para substituí-la, foi escolhida a advogada especialista em direito eleitoral Cristiane Britto, também do PRB.

Perguntada sobre o seu desligamento do Ministério, ela respondeu: “Sempre digo que essa pergunta deve ser feita a quem foi motivado a fazer o desligamento, não a mim que sofreu o efeito”. Em comunicados oficiais o próprio Ministério soltou duas respostas diferentes. Primeiro, disse “improdutividade”. Depois, “readequação de equipe”.

Ao ser questionada sobre sua produtividade, Tia Eron pontuou: “Fiz 18 entregas importantes que possibilitaram pensar, entender, discutir e escrever implementações. Em dois meses e dois dias. E por que foi fácil para mim em dois meses e dois dias fazer 18 entregas? Porque não inventei a roda, não fiquei lá com questões de preciosismo. Eu olhei o Brasil e pensei: deixa eu ver quem está dando resultado. Então, em Salvador, uma grande oficial da Polícia Militar, que é a major Denice Santiago, está fazendo a Ronda Maria da Penha, que nasceu a partir de toda a nossa atuação na Câmara Municipal de Salvador, era um paralelo entre o braço armado do Estado e o Poder Legislativo. É um case de sucesso, que dá resultado. E nós o trouxemos para âmbito nacional.

Sobre o que sentiu quando soube do desligamento, ela declarou: “Olha, dizem que sou fria. E talvez eu tenha me comportado assim perante o que aconteceu. Mas, como eu sabia que esse processo era muito frágil, que qualquer pressão, de quem quer que fosse, que por quaisquer interesses, por barganha, fisiologismo, enfim, que por qualquer coisa poderia fazer o desligamento acontecer…”.

A ex-parlamentar ainda afirmou que “entendia que todo esse processo era muito frágil. Eu sei como funciona o Congresso, e percebi as forças que cercam a ministra. Ela tem autonomia, mas não é ministra sozinha”.

 

Foto: João Bertholini/Marie Claire

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