Por João Paulo Almeida
Um parecer emitido ontem pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) destinado ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), se mostrou desfavorável a construção de uma segunda pista no Luís Eduardo Magalhães. Segundo o documento, o MPF ainda orienta que qualquer processo administrativo referente ao assunto deve ser comunicado ao órgão, pois as obras afetariam a área de preservação das lagoas e dunas do Abaeté.
Em entrevista ao Bahia Econômica, o diretor-presidente da Salvador Destination Roberto Duran explicou que esse não é o momento para se debater a construção de uma segunda pista no aeroporto de Salvador. Segundo Duran o aeroporto ainda não tem demanda para atender uma nova pista e ainda precisa de outras melhoras estruturais e muito mais urgentes e importantes.
“Seria preciso uma movimentação de 30 milhões de passageiros para haver a necessidade de uma nova pista no aeroporto. Hoje nós estamos com média de 7 milhões e duzentos mil passageiros. Então é preciso crescer muito para haver a necessidade. O que o aeroporto precisa muito mais urgente é uma ampliação do terminal de passageiros, ampliação do pátio de manobras, tecnologias mais modernas nas pistas de pouso e decolagem dentre outras mudanças”, explicou Duran.
Questionado sobre uma possível necessidade da construção da pista Duran disse que é preciso se avaliar os danos ambientais que hipoteticamente seriam causados para se chegar num consenso sem prejudicar o meio ambiente e fazendo o necessário para o melhoramento do aeroporto, colocando ele a nível internacional.
“Quando a demanda for suficiente é preciso se ter bom senso. Todas as cidades do mundo já passaram por isso e hoje tem seus aeroportos muito modernos e atendendo a todas as demandas. Quando for necessário é preciso se fazer um estudo e se medir o tamanho do impacto ambiental e se buscar uma solução que não prejudique o meio ambiente e se faça a obra do aeroporto”, disse o presidente.
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