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REITOR DA UFBA DIZ QUE TOMARÁ MEDIDAS CABÍVEIS CONTRA DECISÃO

Redação - 02/05/2019 09:50

O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, disse que tomará “medidas cabíveis” contra a decisão do Ministério da Educação de bloquear 30% do orçamento. Segundo a Ufba, a instituição não recebeu nenhuma notificação do MEC e R$ 37,3 milhões estão congelados. “É injustificável (a medida). Não parece ser justificável. Nós vamos tomar medidas cabíveis para reverter essa decisão. Vamos dialogar com o ministério para entender as motivações, porque nós temos um desempenho acadêmico excelente. Temos ensino de qualidade, produção de conhecimento e relacionamento com a sociedade”, declarou Salles. De acordo com a Ufba, o valor bloqueado é destinado ao pagamento de despesas ordinárias, como consumo de água, energia e telefone, manutenção de espaços e equipamentos e pagamento de pessoal terceirizado, entre outras.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, argumentou, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, que o corte foi adotado pelo fato de instituições estarem com baixo desempenho acadêmico e promovendo “balbúrdia” nos campus.  “A universidade é um lugar de liberdade de expressão, apresentação pública de pesquisas, relação com a sociedade, com os setores mais diversos, como é próprio da universidade”, rebateu Salles. O reitor da Ufba evitou falar se tomará medidas judiciais contra a decisão do MEC. Também foi cauteloso ao ser indagado se via retaliação ou cunho político no bloqueio do orçamento pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).”Isso tem que ser dito pelo MEC. Estamos fazendo o nosso trabalho”, pontuou.

Sobre as críticas em relação ao desempenho acadêmico, a Ufba informou que, na última avaliação divulgada pelo MEC, a universidade teve um salto de 40% para 96% do percentual de cursos avaliados com nota 4 ou 5, entre 2014 e 2016. No Enade, a média geral dos cursos de graduação da instituição, segundo a Ufba, vem em evolução desde 2006 e, recentemente, saltou de 3,89, no triênio 2012-13-14, para 4,05, no triênio 2015-16-17. Também ressaltou que, entre as federais, tem a sexta maior oferta de cursos, sendo a 3ª instituição com mais cursos de pós com notas 4 e 5, e a 11ª com mais notas 6 e 7, na avaliação da Capes.(TB)

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