Assim como ocorre com o cuidado de pessoas, a realização de afazeres domésticos ainda é predominante entre as mulheres, tanto na Bahia quanto no Brasil. E, embora o percentual de homens que realizam tarefas domésticas venha crescendo, a desigualdade no tempo dedicado a esse tipo de trabalho não se reduz, onerando mais as mulheres, inclusive as que têm um trabalho remunerado. Na Bahia, em 2018, 8 em cada 10 pessoas de 14 anos ou mais de idade (83,7% da população nessa faixa, ou 9,9 milhões de pessoas em números absolutos) afirmaram realizar afazeres domésticos na própria casa ou no domicílio de parentes. Entre as mulheres, a proporção aumentava para 9 em cada 10 (92,3% ou 5,7 milhões), entre os homens caía para 7 em cada 10 (74,3% ou 4,2 milhões).
Desde 2016 a proporção de homens que cuidam de afazeres domésticos cresce mais que a de mulheres. Frente a 2017, a taxa na Bahia subiu 1 ponto percentual para eles (de 73,3% para 74,3%) e 0,7 ponto percentual para elas (de 91,6% para 92,3%). Em números absolutos, o total de homens que realizavam afazeres domésticos cresceu de 4,1 milhões em 2017 para 4,2 milhões em 2018, representando um acréscimo de 103,2 mil pessoas (+2,5%) em um ano. Já entre as mulheres, apesar de a taxa de realização ter tido um leve crescimento, o número absoluto das que realizam afazeres mostrou uma discreta variação negativa, de 5,75 milhões para 5,74 milhões (menos 18 mil pessoas ou -0,3%).
No Brasil, em 2018, 85,6% das pessoas de 14 anos ou mais de idade realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, o que correspondia a 145,1 milhões de pessoas. Frente a 2017, a taxa de realização de afazeres para os homens também aumentou mais que para as mulheres (1,8 ponto percentual entre eles, frente a 0,5 ponto percentual entre elas). Ainda assim, enquanto 78,2% dos homens brasileiros realizaram afazeres domésticos em 2018, a taxa entre as mulheres foi de 92,2%. A diferença entre a taxa de realização de afazeres domésticos de homens e mulheres na Bahia (18 pontos percentuais) é maior que a média nacional (14 pontos percentuais) e a 7ª mais elevada entre os 27 estados. O ritmo de redução dessa desigualdade no estado foi o menor do país entre 2017 e 2018, passando de -18,3 para -18,0 pontos percentuais.