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SEM SÃO JOÃO, VENDAS DE FOGOS DE ARTIFÍCIO CAEM 90%

Redação - 17/06/2021 07:24

A tradição junina combina com fogos de artifício, mas os comerciantes do setor amargam prejuízos desde o começo da pandemia. Pelo segundo ano, a venda dos artefatos teve queda significativa, que chega a 90% para alguns negociantes, e as feiras que ocorriam há décadas estão proibidas de acontecer em Salvador. Os comerciantes, por sua vez, buscam outras alternativas para sobreviver.

É o caso de Marcos Pinto, dono da Cooperativa Paty, que está trabalhando como motorista de aplicativo. Antes da pandemia, estava acostumado a empregar pelo menos 20 pessoas em sua barraca de fogos neste período, na Feira de Fogos de Artifício de Salvador.  “Costumava ser um período de muito trabalho, mas de boas vendas, de fazer renda para o ano todo. Era um momento especial que há dois anos não é mais possível”, disse.

O negócio dos fogos também empregava pessoas da família. Renata Pinto, prima de Marcos, era uma das funcionárias. Moradora do bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, ela começou a vender quentinhas e espetinhos para ajudar na renda de casa. Integrante da Associação dos Comerciantes de Fogos de Artifício de Salvador (Acomfart), Xuxa dos Fogos, dono de uma barraca homônima, conta que a Feira de Fogos de Salvador tem mais de três décadas de história.

Nesse período, passou por vários locais, mas ficou conhecida na época em que funcionava na Avenida Paralela. Há cinco anos, se mudou para a Avenida Mãe Stella de Oxóssi, em Stella Maris, para atender a legislação que determina normas de segurança como distância mínima de unidades escolares, estações de metrô e similares. Xuxa conta que a Acomfart fez cinco pedidos à prefeitura de Salvador para realizar a feira em 2020, mas os pedidos foram negados para evitar aglomerações por conta da crise sanitária. Decretos municipais e estaduais proíbem eventos em Salvador e no restante da Bahia.

“Neste ano, o pessoal da Sedur não liberou a feira porque não tem como evitar aglomeração. Realmente eles estão certos na decisão. Não iríamos controlar o fluxo de clientes. Mesmo com curral, aferidor de temperatura e limitador de distância não conseguiríamos controlar a demanda porque é muito grande”, afirmou.

Foto: divulgação

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