Em 2016, na Bahia, as mulheres e as pessoas sem nível superior eram maioria dos empregados nas fundações privadas e associações sem fins lucrativos. Dos 89.613 ocupados assalariados no Terceiro Setor no estado, 56.581 (63,1%) eram mulheres. A média de mulheres trabalhando no Terceiro Setor era bem superior, por exemplo, à participação feminina na população ocupada em geral. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), no 4º trimestre de 2016, na Bahia, as mulheres representavam menos da metade do total de trabalhadores (42,7%).
Os empregados sem nível superior completo também eram majoritários. Eles representavam, em 2016, 70,0% do pessoal ocupado assalariado nas fundações privadas e associações sem fins lucrativos baianas (62.746 em números absolutos). Nesse caso, porém, a participação era menor do que no total de pessoas ocupadas. Segundo a PNAD Contínua, no 4º trimestre de 2016, na Bahia, as pessoas ocupadas que não tinham nível superior completo representavam 88,5% de todos os trabalhadores.
Ainda assim, a grande maioria das fundações privadas e associações sem fins lucrativos na Bahia não têm sequer uma pessoa ocupada assalariada. De cada 10 entidades do Terceiro Setor existentes em 2016 no estado, 7 não tinham trabalhadores (10.081 de um total de 13.637, o que representava 73,9%). Outra característica das organizações sem fins lucrativos é serem relativamente jovens. Na Bahia, 8 em cada 10 fundações privadas e associações sem fins lucrativos (10.818 ou 79,3% das 13.637) foram criadas a partir de 1991. De uma forma geral, esse perfil se verifica também nas organizações do Terceiro Setor no Brasil como um todo.