De uma forma geral, todo o Terceiro Setor na Bahia e no Brasil encolheu de tamanho em 2016, sobretudo frente a 2013, reflexo em grande parte da crise econômica. Em relação a 2010, a Bahia teve a segunda maior redução dentre os estados, em números absolutos, no total de fundações privadas e associações sem fins lucrativos. Elas passaram de 18.318 para 13.637, o que representou menos 4.681 entidades (-25,6%) nesses seis anos. A queda baiana, nessa comparação, foi menor apenas que a verificada em Minas Gerais, onde o total de instituições do Terceiro Setor passou de 36.229 em 2010 para 31.309 em 2016 (-4.920, ou -13,6%).
O recuo no total de fundações privadas e associações sem fins lucrativos na Bahia, assim como em nível nacional, se concentrou entre 2013 e 2016. Nesses três anos, elas passaram de 17.354 para 13.637 no estado (menos 3.717 ou -21,4%). Foi a terceira maior queda absoluta no país, menor apenas que as verificadas em Minas Gerais (de 35.545 para 31.309 unidades, menos 4.236 ou -11,9%) e São Paulo (de 58.951 para 55.109, menos 3.842 ou -6,5%). A redução do Terceiro Setor na Bahia foi bem maior, proporcionalmente, do que no país como um todo.
No Brasil, houve queda de 16,5% no número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos, entre 2010 e 2016 (de 283,8 mil para 237,0 mil unidades). Frente a 2013, quando havia 275.662 organizações, a redução foi de 14,0%. Apesar da queda no número de organizações sem fins lucrativos, na Bahia houve aumento do número de pessoas empregadas no Terceiro Setor (pessoal ocupado assalariado). Em 2016, 89.613 pessoas trabalhavam como assalariadas nas fundações privadas e associações sem fins lucrativos ativas no estado. Esse contingente era 11,2% maior que o existente em 2010 (80.611 pessoas) e 2,9% superior ao de 2013 (87.081 empregados).
O Terceiro Setor baiano pagou, em 2016, aos seus empregados R$ 2,7 bilhões em salários e outras remunerações. Em termos nominais (sem contar a inflação no período), o total foi 81,4% superior ao de 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 29,5% superior ao montante pago em 2013 (R$ 2,1 bilhões). Entretanto, se for considerada a média salarial, em salários mínimos, houve leves variações negativas nas duas comparações. Em 2016, os empregados nas fundações privadas e associações sem fins lucrativos baianas ganhavam, em média, o equivalente a 2,63 salários mínimos, frente a 2,77 em 2013 e 2,80 em 2010.
Assim, no estado, em 2016, as fundações privadas e associações sem fins lucrativos representava 5,4% do total de organizações (13.637 de 253.095), reuniam 4,3% do pessoal assalariado (89.613 de 2.095.771) e respondiam por 4,2% da massa de rendimentos pagos naquele ano (R$ 2,7 bilhões de um total de R$ 65,2 bilhões).