O ex-deputado federal Irmão Lázaro, que se filiou recentemente ao PR, se reuniu ontem com o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (SD), para tratar da sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) em 2020. Ao falar com a imprensa, o novo republicano não descartou a hipótese de postular o Palácio Thomé de Souza, mas sinalizou com apoio a uma eventual candidatura do chefe do Legislativo soteropolitano no próximo ano. Lázaro tem sido cotado também para ser candidato a prefeito de Feira de Santana. Segundo ele, “pesquisas e amigos” vão definir seu futuro político. “Eu sou natural de Salvador e hoje moro em Feira de Santana
Construí família lá. Tenho um coração em Feira. Gosto muito daquela cidade, mas eu sei que a estrutura política que vem sendo construída com meu nome me deixa fazer política em toda a Bahia. Hoje, eu moro em Feira. Se houver uma possibilidade de concorrer ao próximo pleito em Feira de Santana, isso é algo que me alegraria muito. Hoje, a minha capilaridade política me permite disputar em vários municípios da Bahia”, pontuou. Sobre uma eventual candidatura de Geraldo Júnior, Lázaro disse que, se o presidente da Câmara disputar o pleito, ele ficará “feliz”. “Salvador merece uma pessoa como Geraldo. Não sei quem serão os candidatos ainda, mas o nome de Geraldo, com certeza, é um nome que engrandece a nossa cidade”. Para o ex-parlamentar, o pleito de 2020 será um “festival de carreira solo”, já que os partidos devem lançar seus candidatos para não cair na cláusula de barreiras. “Cada partido, cada grupo está tentando montar a sua banda”, brincou.
Lázaro ainda falou sobre o fato de o PR ser da base do governador Rui Costa (PT) e, ao mesmo tempo, ter aliados do prefeito ACM Neto, como o deputado federal Abílio Santana. “Eu tenho abraçado opção de andar neutro. Pedindo a Deus orientação para que eu possa realmente definir o meu futuro político daqui a alguns meses. Eu acredito que não é momento de tomar uma decisão”, declarou. Ele negou que tenham ficado mágoas após as eleições do ano passado. “Uma eleição é como uma partida de futebol. Depois que termina, quem ganhou comemora. Quem perde se fortalece para o próximo jogo”, pontuou. O evangélico disse que a “visita de cortesia” foi para “pedir orientação”. “O Geraldo é alguém que, além de ser um dos grandes incentivadores e motivadores da minha candidatura para o Senado da República, é um grande amigo. Me coloquei à disposição para discutir sobre política e para estarmos olhando na mesma direção para o nosso futuro político. E até pedir orientação. É alguém tem muito tempo na política. Eu tenho um mandato de deputado federal. Sou novo no processo e acredito que, com Geraldo, tenho muito a aprender”, contou.