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DISPUTA ENTRE GRANDES EMPREITEIRAS PODE ATRASAR OBRAS DA LINHA DO METRÔ QUE CHEGA A ÁGUAS CLARAS

Redação - 09/03/2019 10:12

No dia 20 de fevereiro de 2019, o Governo do Estado da Bahia declarou a construtora Queiroz Galvão como vencedora do certame para as obras do Tramo 3 do Metrô de Salvador, cinco quilômetros de extensão da linha 1 até o bairro de Águas Claras, em Salvador. O orçamento inicial foi de  R$ 786,9 milhões, mas as empresas deram descontos de até 45%. Ocorre que o primeiro colocado na licitação não foi essa empresa, mas sim a Camargo Corrêa, que foi inabilitada o que deu à Queiroz Galvão, classificada em segundo lugar, a oportunidade de realizar a obra com um valor proposto de R$ 429 milhões.

Em função disso, a Camargo Corrêa, entrou com uma representação no TCU (Tribunal de Contas da União) pedindo a suspensão provisória da licitação, pois alega ter apresentado o menor preço para as obras, “com desconto superior a 46%, cumprindo com todos os requisitos do edital”. Agora a Odebrecht que também participou da licitação acusa vencedora, a Queiroz Galvão, de não atender aos requisitos econômico-financeiros do edital.

Segundo a Odebrecht, a Queiroz Galvão  incluiu de forma equivocada em suas demonstrações financeiras de 2017 um valor de R$ 469 milhões de contas a receber, que seriam  valores de processos judiciais não transitados em julgado, portanto que ainda podem ser revertidos judicialmente. Sem esses créditos, a construtora não atingiria índices de saúde financeira exigidos pelo edital. A Odebrecht também questiona a capacidade do grupo para executar as obras, como, por exemplo, a ausência de experiência suficiente na implementação de metrôs ou ferrovias urbanas.

A Odebrecht também questiona a Camargo Corrêa e a Serveng, cujo consórcio ficou em terceiro lugar no certame, porque as  duas empresas não deveriam nem sequer ter participado da concorrência, dado que são acionistas da CCR, que opera a rede de metrô baiana e como controladoras da CCR, as empresas ficaram em posição privilegiada na licitação, segundo a Odebrecht. A briga pode atrasar o início das obras. Com informações da Folha de São Paulo e outras fontes.

VEJA A PROPOSTA DOS PRIMEIROS COLOCADOS NA LICITAÇÃO

1º) Camargo Corrêa Infra + TSEA + EPC – R$ 424,68 milhões

2º) Queiroz Galvão – R$ 429,96 milhões

3º) Consórcio Serveng + Coesa – R$ 448,41 milhões

4º) Consórcio Odebrecht – R$ 551,36 milhões

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