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SETOR DE SERVIÇOS CAI 0,1% EM 2018 E ACUMULA QUATRO ANOS DE TAXAS NEGATIVAS, DIZ IBGE

Redação - 14/02/2019 11:00 - Atualizado 14/02/2019

O volume de serviços prestados no Brasil caiu 0,1% em 2018 , informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (14). É o quarto ano seguido de retração, com perda de 11,1% no período. Apesar de ser o quarto resultado negativo seguido, foi o menos intenso que nos anos anteriores: -3,6% em 2015, -5% em 2016 e -2,8% em 2017. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destacou que desde novembro de 2016 o setor de serviços saiu de uma consistente trajetória de queda, mas manteve instabilidade. “Ainda que, desde então, haja algum tipo de flutuação, mais para o campo negativo, o setor de serviços não consegue se recuperar. Tem comportamento errático e não consegue sair desse patamar tão distante do ponto mais alto”, enfatizou.

O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares puxou a queda do índice no ano. As atividades que mais influenciaram a retração desse segmento são relacionadas a serviços de cobrança e informações cadastrais, soluções de pagamentos eletrônicos, engenharia e segurança privada. O outro setor que recuou foi o de serviços de informação e comunicação, devido à menor receita recebida pelas empresas do ramo de telecomunicações, segundo o IBGE.

Os destaques positivos foram para outros serviços e para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio – neste último caso, puxados pelo transporte terrestre, que fechou o ano acumulando alta de 2,1%, mesmo após intensa queda ocorrida em maio em função da greve dos caminhoneiros. Naquele mês, registrou queda de 15,3%. Segundo o gerente da pesquisa, o crescimento no ano foi impulsionado justamente pelo transporte rodoviário de carga, que no conjunto de serviços é o que tem maior peso. “Dentre os 166 serviços investigados, ele pesa em torno de 10%”, destacou.

De acordo com o IBGE, o recuo no ano se deu em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Em dezembro, a variação foi de 0,2% frente ao mês anterior, mantendo o quadro de estabilidade verificado em outubro (0,1%) e novembro (0,0%). A variação se mostrou 11,4% abaixo do ponto mais alto da série, que foi em janeiro de 2014. Essa distância já foi maior, chegando a -15% em maio de 2018.

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