O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,5 ponto de dezembro para janeiro e chegou a 111,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Apesar da queda, o índice se mantém em um nível de incerteza considerado “alto”. Os dois componentes do indicador tiveram queda de dezembro para janeiro. O componente de mídia, que é baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, recuou 1,4 ponto no período, segundo a Agência Brasil.
Já o componente de expectativa, construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, reportados no boletim Focus, do Banco Central, para a taxa de câmbio e a taxa Selic 12 meses à frente e para a inflação oficial acumulada para os próximos 12 meses, caiu 1,6 ponto.
De acordo com a pesquisadora da FGV Raíra Marotta, o nível elevado de incerteza se deve às eleições no Congresso. Segundo ela, dependendo dos resultados para as presidências da Câmara e do Senado, a aprovação das reformas pode ter caminho dificultado. Ela explica que a tendência é que o indicador permaneça elevado até que se tenha clareza sobre a capacidade do governo em administrar as reformas.