O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professor Antônio Pithon Pinto, localizado na Fazenda Grande III, em Salvador, começou a ser demolido na manhã desta sexta-feira (11) para dar espaço a uma nova estrutura que vai abrigar 300 alunos do bairro com idades entre 2 e 4 anos. A reconstrução tem o investimento de cerca de R$ 4 milhões.
Há cerca de um ano, os alunos da unidade de ensino foram transferidos para outras duas escolas municipais do bairro: Esther Félix e a Municipal Fazenda Coutos, onde passaram a estudar desde que a escola foi fechada. Só nesta sexta, as obras se iniciaram com um trator que deu início a demolição da estrutura de pré-moldado. Essa é a nona das 12 unidades que serão demolidas para reconstrução.
O vice-prefeito Bruno Reis, que assinou a ordem para reconstrução do espaço, disse que a assinatura da ordem de serviço da reconstrução da CMEI faz parte de uma agenda intensa de entrega e início de obras na cidade. “Ao longo dessa semana, em que o prefeito está de merecidas ‘férias’, foram cinco campos de futebol entregues, 800 casas pelo programa Morar Melhor, quatro praças e mais de 10 geomantas”, listou.
A reconstrução do CMEI não amplia o número de vagas, mas o espaço, de acordo com o secretário de educação do município, Bruno Barral, dará conforto aos alunos. Ele lembrou que, no ano passado, durante a inauguração da Escola Esther Félix da Silva, recebeu o incentivo do prefeito ACM Neto para a reconstrução da unidade de ensino.
“Ali, iniciamos o trabalho de cadastramento junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), transferindo essas crianças daqui e dividindo em outra duas escolas”, explicou. A dona de casa Longeilma Silva, 40 anos, comemorou a reconstrução. Ela estava há um ano em busca de vagas nas pré-escolas e creches para matricular a caçula de sete filhos. “Ela nunca estudou porque eu nunca encontrava vagas. Fui em várias e não sempre escutei um não”, conta.
Agora, ela já tem a certeza de que a pequena Ludmila Silva, 3, terá o aprendizado assegurado no CMEI. “Fiquei feliz e tranquila de saber que consegui matrícula-la. Vou poder, enfim, encontrar um emprego”, comemorou. Segundo os moradores, a escola tinha uma estrutura precária e apresentava altas temperaturas. “O calor era forte. Meus filhos e netos todos estudaram aqui. O último foi o meu neto que completou seis ano. A próxima será uma outra neta que tem um ano e que, no próximo ano, será matriculada”, disse a dona de casa Iracema Catugi, 58.