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POSSE DE MADURO: OEA APROVA TEXTO QUE NÃO RECONHECE DITADOR E PARAGUAI ROMPE RELAÇÕES COMERCIAIS

Redação - 10/01/2019 15:15 - Atualizado 10/01/2019

A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira (10) uma declaração que não reconhece a legitimidade do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela. A aprovação aconteceu logo após Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial. A resolução foi aprovada com 19 votos a favor, 6 contrários, 8 abstenções e 1 ausência. Entre os países que votaram a favor estão Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Chile, Equador, Canadá e Brasil. Venezuela, Nicarágua, Bolívia e alguns países caribenhos votaram contra, e entre os países que se abstiveram está o México.

A medida é um chamado à “realização de novas eleições presidenciais com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e legítimo”, afirma o texto. A sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA foi solicitada pelas missões da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Paraguai e Peru. A Assembleia Geral da OEA é composta pelas delegações de todos os Estados membros ativos, que atualmente são 34. Cuba não participa.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar do pleito por considerar o processo uma “fraude” para perpetuar Maduro no poder. Os dois maiores rivais de oposição já estavam impedidos de concorrer: Leopoldo Lopez está preso e Henrique Capriles foi impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos. Cerca de 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar, mas o comparecimento foi de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos. Foi uma das porcentagens de participação mais baixa da história venezuelana.

Paraguai: O governo do Paraguai anunciou nesta quinta-feira (10) que rompeu suas relações com a Venezuela. O anúncio foi feito pelo presidente Mario Abdo Benítez logo após Nicolás Maduro tomar posse de um segundo mandato presidencial. A ruptura envolve o fechamento da embaixada do Paraguai em Caracas e a retirada imediata dos diplomatas. Em declaração no Palácio do Governo, Benítez lembrou que, como membro do Grupo de Lima, o Paraguai não reconhece o resultado da última eleição na Venezuela, “de um processo eleitoral ilegítimo”. Na semana passada, o Grupo de Lima, que também inclui o Brasil, anunciou que não reconheceria o governo venezuelano se o presidente Nicolás Maduro assumisse o novo mandato nesta quinta. A decisão apenas não teve o apoio do México. O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar para o restabelecimento da democracia na Venezuela. Treze países integram o grupo – Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.

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