Promotores no Japão acusaram formalmente, nesta segunda-feira (10) Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho consultivo da Nissan, por burlar a lei de instrumentos financeiros ao fazer declarações falsas nos relatórios financeiros da montadora. As informações são da agência de notícias Kyodo. A acusação vem 3 semanas depois de Ghosn ter sido preso por suspeitas de ter omitido parte de seu salário nos relatórios financeiros que a Nissan apresentou a reguladores durante 5 anos. Supostamente, Ghosn teria deixado de declarar US$ 44,5 milhões nesse período.
Segundo informações do G1, Greg Kelly, diretor da Nissan que foi preso juntamente de Ghosn, também foi acusado sob as mesmas alegações, por violação da lei de instrumentos financeiros japonesa. Kelly é suspeito de ter conspirado com Ghosn para omitir ganhos do executivo das autoridades no país. Os dois podem receber novos mandados de prisão nesta segunda-feira, o que prorrogaria a prisão dos executivos até o dia 30 de dezembro.