O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) faz sua sexta reunião do ano nesta terça (20) e quarta-feira (21), para definir o destino da taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira.
As expectativas de analistas do mercado financeiro se dividem entre a manutenção da taxa em 13,75% ao ano, ou uma nova elevação, para 14% ao ano.
A decisão do comitê será divulgada ao fim do segundo dia do encontro, quarta (21). Se for confirmada a previsão de aumento, será a 13ª alta consecutiva da Selic neste ciclo de aperto monetário, o mais longo da história do Copom.
O primeiro aumento da taxa de juros aconteceu em março de 2021, quando ela estava na mínima de 2%. De lá pra cá, ela já subiu 11,75 pontos percentuais, o que é considerado o maior choque de juros desde 1999, quando houve uma crise cambial, durante a qual o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só. No entanto, diferente das outras vezes, não é dada como certo um novo aumento do juros básico.
Em comunicado emitido após a última reunião, no início de agosto, o Copom informou que os riscos de que a inflação ficasse acima das expectativas em prazos mais longos fez o BC optar por não encerrar o ciclo de altas da Selic naquela ocasião. No entanto, no texto, o Copom informou que deveria reduzir o ritmo de altas, elevando a taxa em 0,25 ponto.
Em julho e em agosto foram registradas duas deflações seguidas, o que aumentou as expectativas de que o banco pudesse encerrar o ciclo de altas. Além disso, a queda dos preços da energia e dos combustíveis fez a inflação oficial ficar abaixo de 10%, no período de 12 meses terminado em agosto.