Após reunião com o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, o Sindicato dos Rodoviários da Bahia decidiu continuar com o protesto marcado para a próxima sexta-feira (30). O encontro aconteceu no Centro Administrativo e foi debatido a suposta ameaça de retirada de 100 linhas de ônibus da cidade. De acordo com Primo, Dauster reconheceu “que se colocou mal” ao falar sobre a extinção das linhas. “Não houve um acordo na reunião, mas o secretário admite que se expressou mal”, declarou o presidente da entidade. “Ele reconheceu que a palavra não era retirada de linha, e sim remanejamento. O que a gente quer de fato é que isso vá para o papel. Vamos aguardar e o protesto continua marcado, porque os motoristas temem perder o emprego”, concluiu o representante dos rodoviários.
A discussão sobre a retirada de linhas começou com uma declaração do chefe da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, que pediu, em entrevista à Rádio Metrópole, na última quarta-feira (21), para que a prefeitura de Salvador cumprisse um acordo e retirasse cerca de 100 linhas que fazem o mesmo percurso que o metrô. A exclusão das linhas já estava prevista em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Estado e prefeitura, assinado em 2017.
Em resposta, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou, nesta segunda-feira (26), que a prefeitura não deve implantar a medida. “Não vamos retirar absolutamente nenhuma das linhas que o governo do estado está sugerindo que sejam suprimidas, porque isso iria gerar um caos na cidade. A população não pode ficar sem essas linhas de ônibus. Eu tenho o dever, a responsabilidade, enquanto prefeito, de zelar pelo transporte público, pela mobilidade das pessoas. (…) O que o governo do estado quer penaliza as pessoas mais pobres que dependem do ônibus e não vou permitir que isso aconteça. Enquanto eu for prefeito, não vamos suprimir nenhuma linha de ônibus”, declarou.