A frustração pela eliminação na semifinal da Copa Libertadores com a derrota por 2 a 1 para o River Plate, em Porto Alegre, esteve estampada no rosto dos jogadores do Grêmio após o apito final. O zagueiro Pedro Geromel ficou sem palavras ao tentar explicar a queda nesta terça-feira. “Difícil falar. Foi um resultado que não esperávamos. Pelo jeito que foi (doeu bastante)”, limitou-se a dizer.
O goleiro Marcelo Grohe seguiu na linha de seu companheiro de equipe e tentou encontrar forças para falar sobre a surpreendente eliminação. O Grêmio vencia até aos 36 minutos do segundo tempo, quando o River Plate iniciou a reação, que acabou em virada com gols de Borré e Gonzalo Martínez; Leonardo havia aberto o placar.
“Estávamos com o jogo na mão, então é difícil falar dessa derrota. Um vacilo nosso, acabamos sofrendo gols de bola parada. Tivemos a bola do jogo para fazer 2 a 0, mas não conseguimos. Teve o pênalti, o VAR falou que foi, então temos que acatar. Pregamos a justiça no futebol, paciência. Vida que segue. Fizemos uma grande competição e saímos de cabeça erguida”, avisou.
Marcelo Grohe confirmou o que ouviu ao tentar reclamar com o árbitro uruguaio Andrés Cunha. “Fui falar com o juiz e ele pediu para confiar que tinha sido pênalti. Perdemos por vacilo nosso. Tivemos na nossa mão e não tivemos capacidade de segurar”, concluiu. De fato, o Grêmio teve a chance de liquidar a fatura quando o jogo estava no 1 a 0. Éverton saiu de frente para Armani, mas chutou em cima do goleiro aos 21 minutos do segundo tempo. Com a eliminação, Cortez traçou a meta do clube neste fim de campeonato. “A torcida fez uma festa linda. Eles nos incentivaram muito. Infelizmente hoje não conseguimos e acabamos eliminados em nosso estádio. Levantar a cabeça e buscar a vaga na próxima Libertadores”, concluiu.
Com a queda, o Grêmio volta a atenção para o Campeonato Brasileiro. Precisa ficar entre os seis primeiros colocados para disputar a Libertadores em 2019. No momento é o quinto colocado, com 52 pontos. Neste sábado, o clube gaúcho enfrenta o Atlético-MG, no estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 32.ª rodada. Apesar do entusiasmo da torcida e da esperança dos diretores tricolores em bater o recorde na Arena Grêmio, o número não foi batido nesta terça-feira. O público total atingiu 53.571, quase dois mil a menos do que o recorde oficial de 55.337 presentes. Uma diferença exata de 1.766 torcedores.
O número anterior tinha sido atingido na final da Copa do Brasil de 2016 no empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG. Desta vez foram 49.893 pagantes e mais 3.678 com entradas gratuitas. A renda foi de R$ 4.477.119,50, inferior à final da Libertadores de 2017 diante do Lanús, também da Argentina, que rendeu R$ 6.526.427,00. Como aconteceu em Buenos Aires aos gremistas, desta vez foram liberados quatro mil bilhetes à torcida visitante. Mesmo assim, cerca de mil torcedores argentinos ficaram de fora do estádio sem ingresso. A maioria veio ao Brasil na esperança de conseguir ingressos com cambistas.