Partidos dos presidenciáveis derrotados no primeiro turno definirão nesta semana se, no segundo turno, apoiarão Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) ou adotarão posição de neutralidade. No primeiro turno, Bolsonaro obteve 49,2 milhões de votos (46,03%) e Haddad, 31,3 milhões (29,28%). O segundo turno está marcado para o dia 28. Dos 11 candidatos derrotados no primeiro turno, o único que até esta segunda-feira já tinha se posicionado era Guilherme Boulos (PSOL), que anunciou apoio a Haddad.
Veja o que disse os demais candidatos.
Rede – A executiva nacional da Rede Sustentabilidade, legenda de Marina Silva, tinha reunião marcada na noite desta segunda-feira para debater a posição oficial, informou a assessoria do partido. Oitava colocada na disputa pela Presidência com 1% dos votos válidos, a ex-senadora afirmou após a confirmação do resultado do primeiro turno que estará na oposição “independentemente de quem seja o vencedor”. Indagada se apoiará Bolsonaro ou Haddad no segundo turno, ela afirmou que ainda discutirá o assunto com os correligionários da Rede. O candidato a vice na chapa de Marina, Eduardo Jorge (PV), também disse que o partido ao qual é filiado vai se reunir para avaliar se apoiará algum candidato no segundo turno.
DC – O partido Democracia Cristã (DC), de Eymael, começou a debater eventual apoio nesta segunda-feira. Apesar de Eymael ter obtido somente 41.710 votos (0,04% dos votos válidos) no primeiro turno, ele fez várias reuniões por teleconferência nesta segunda-feira com os dirigentes dos diretórios regionais da legenda, informou a assessoria da sigla. A previsão do partido é de que o DC tome uma posição sobre o segundo turno até esta terça (9).
PSDB – A executiva nacional do PSDB, legenda de Geraldo Alckmin, vai se reunir na tarde desta terça, na sede da sigla em Brasília, para definir a posição dos tucanos. Em São Paulo, o candidato do PSDB ao governo paulista, João Doria, afirmou no domingo mesmo que votará em Bolsonaro.
PDT – O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao G1 que a sigla de Ciro Gomes discutirá um “apoio crítico” a Haddad na fase decisiva da eleição presidencial. O dirigente também descartou a possibilidade de apoio à candidatura de Bolsonaro. Na noite de domingo, ao ser questionado sobre sua posição no segundo turno, Ciro excluiu a hipótese de estar ao lado do candidato do PSL: “Ele não, sem dúvida”. “Estamos começando a conversar [sobre a posição do partido no segundo turno]. O que jamais faremos é apoiar o Bolsonaro. Uma das sugestões em análise é dar um apoio crítico ao Fernando Haddad”, declarou Lupi.
Novo – O candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, disse no domingo que o diretório nacional da sigla discutirá eventual apoio a Bolsonaro ou Haddad na última fase do eleição. Ele adiantou, entretanto, que, na opinião dele, o partido não vai apoiar o petista. A assessoria do Novo disse que ainda não há previsão para a data da reunião.
MDB – Comandado pelo senador Romero Jucá, derrotado na tentativa de reeleição ao Senado, o MDB, de Henrique Meirelles, deve se reunir até o final da semana para articular a posição no segundo turno. De acordo com a assessoria da legenda, o assunto será discutido a partir de quarta-feira (10), quando Jucá retornará para Brasília. Ele está em Roraima, onde fez campanha nos últimos meses para tentar manter a cadeira que ocupa há 24 anos no Senado.
Podemos – A assessoria da campanha de Alvaro Dias, do Podemos, informou que ainda não há previsão de quando os dirigentes do partido irão se reunir para discutir quem apoiarão no segundo turno.
PSTU – O PSTU, de Vera Lúcia (55.762 votos no primeiro turno), anunciou que vai discutir até quarta-feira (10) a posição pública da legenda por meio de plenárias em todos os estados para debater com a militância. Segundo a assessoria do partido, o PSTU pode indicar voto e Haddad e se posicionar contra o Bolsonaro, porém, sem apoio político-programático com o PT. A decisão será anunciada na quinta (11).
PPL – O Partido Pátria Livre, legenda de João Goulart Filho, irá se reunir na tarde desta terça, em Brasília, para tratar do segundo turno. O filho do ex-presidente João Goulart foi o último colocado na corrida presidencial, com 30.176 votos, correspondentes a 0,03% dos votos válidos.