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EM SETEMBRO, ALIMENTAÇÃO PUXA INFLAÇÃO DA RMS PRA CIMA

Redação - 05/10/2018 11:30 - Atualizado 05/10/2018

Segundo dados do instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), em setembro, a inflação medida pelo IPCA na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi fruto do aumento médio nos preços de sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice. Apenas o grupo Comunicação (-0,19%) teve variação negativa, enquanto Educação ficou estável (0,00%). Além disso, dos sete grupos em alta, quatro tiveram aceleração em relação a agosto, ou seja, seus preços aumentaram mais em setembro do haviam aumentado no mês anterior. Os destaques nesse sentido foram as despesas com Transportes, que passaram de uma deflação de -0,91% em agosto para um aumento de 1,04% em setembro, e com Alimentação e Bebidas, que também tinham tido queda média em agosto (-1,01%) e subiram 0,16% em setembro.

Além de terem tido as maiores acelerações no IPCA entre agosto e setembro, as despesas com transporte e alimentação são as que mais pesam nos orçamentos das famílias na RM Salvador, e por isso, foram elas que puxaram a inflação para cima em setembro. A gasolina (+2,28%) foi a principal pressão inflacionária individual do mês. Teve sua terceira alta consecutiva e já acumula, em 2018, aumento de 18,89% no IPCA – uma taxa que é quase seis vezes a inflação média do ano na RMS (3,30%). Entre as despesas com transportes, pressões de alta importantes também vieram das passagens aéreas (10,8%), do conserto de automóvel (1,62%) e do óleo diesel (8,73%).

O segundo item que, individualmente, mais contribuiu para a alta da inflação da Região Metropolitana em setembro foi a refeição fora de casa (+1,53%). Ela vem com aumentos seguidos, mês a mês, ao longo de todo o ano de 2018 e já acumula, até setembro, uma variação de 6,59%. Dentre os alimentos, que voltaram a aumentar em setembro depois de duas deflações seguidas, também destacaram-se as altas das frutas (4,26%), da carne-seca e do sol (4,64%) e dos cereais, leguminosas e oleaginosas (2,86%), entre outros itens. Por outro lado, alguns produtos também importantes na alimentação cotidiana dos moradores da RMS tiveram deflação, como a farinha de mandioca (-12,58%), que exerceu a principal contribuição individual para baixo no IPCA de setembro; a cebola (-16,57%); e a batata-inglesa (-12,17%).

Ainda entre os produtos e serviços em queda em setembro, a energia elétrica (-0,95%) foi um dos destaques, com a primeira deflação após cinco meses seguidos de alta. Ainda assim, se manteve com o maior aumento no IPCA acumulado no ano de 2018, na Região Metropolitana de Salvador (24,52%) e o segundo maior do país nessa comparação, abaixo apenas do verificado na RM Porto Alegre (26,14%).

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