O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, defendeu, em entrevista à Rádio Metrópole, que seja criado um sistema único de segurança pública para combater o tráfico de drogas. “Houve no Brasil um fenômeno grave. Na medida em que os norte-americanos começaram a fechar suas fronteiras, o tráfico transformou o Brasil no maior entreposto do mundo. Praticamente toda a droga da Bolívia, da Colômbia, passa pelo território brasileiro comandado por facções […] que comandam o crime a partir dos presídios. Nenhum governo estadual vai ter capacidade de resolver isso. A União faz de conta que isso não é com ela. Então, temos que implantar um sistema único de segurança pública para que a União seja responsável por contrabando, corrupção dos dispositivos policiais e a questão das fronteiras”, afirmou.
O pedetista afirmou que é preciso usar medidas como infiltração policial e interceptação das comunicações para combater o crime. Ciro reiterou as críticas ao adversário Jair Bolsonaro (PSL). “O Brasil está sem governo há algum tempo. De 2014, quando esse ódio se instalou, o lado que perdeu não reconheceu a derrota. Faz quatro anos que ninguém presta serviço em Brasília […] Esse mundo de ódio produziu uma candidatura como a de Bolsonaro, que nunca administrou um botequim dos pequenos. Nada. São 28 anos fazendo nada. Não tem uma iniciativa desse cidadão e quer ter como experiência governar o Brasil na pior crise”, ressaltou.
O presidenciável Ciro Gomes (PT) também condenou o “balcão de negócios” entre os partidos e defendeu a consulta popular para casos polêmicos. “[Essa] negociação comprando deputados e botando deputados para mandar em pedaço da Petrobras […] enterrou Fernando Henrique e enterrou Lula. Erro grave na política. O caminho é sair da negociação de gabinete em Brasília e negociar com governadores, prefeitos, o novo desenho do pacto federativo. […] Todos os países do mundo que têm questões mais graves entregam ao povo para votar através de plebiscitos e referendos”, defendeu.