A gestão da Refinaria Landunpho Alves, localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, que atualmente é feita exclusivamente pela Petrobras, pode mudar de mãos em breve. De acordo com documentos disponíveis no portal interno da Petrobras, em reunião agendada para às 15h desta quinta-feira (19) será apresentado o modelo preliminar sobre o reposicionamento estratégico no setor de refino.
O documento ressalta que o estudo preliminar “prevê a busca de parceiros para as refinarias Abreu e Lima (RNEST), Landulpho Alves (RLAM), Alberto Pasqualini (Refap) e Presidente Getúlio Vargas (Repar). Em cinco anos, a Refinaria, que é responsável por 99,32% do refino de petróleo na Bahia e a segunda maior refinaria do país, teve uma redução de 30% em sua produção.
Na manhã desta quinta-feira, a companhia com vistas a subsidiar a sua proposta final de parcerias na área de refino realiza um seminário com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) e outras entidades interessadas. O objetivo é conhecer a visão desses atores sobre o tema e apresentar o seu modelo preliminar para as parcerias no setor.
A busca de parcerias na área de refino foi aprovada no Planejamento Estratégico da Petrobras e no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2017-2021, reforçada no PNG 2018- 2022, conforme indicado na estratégia de “reduzir o risco da Petrobras, agregando valor na atuação em E&P, Refino, Transporte, Logística, Distribuição e Comercialização por meio de parcerias e desinvestimentos”. A Refinaria Landulpho Alves foi a primeira refinaria nacional de petróleo. Sua criação, em setembro de 1950, foi impulsionada pela descoberta do petróleo na Bahia e pelo sonho de uma nação independente em energia.